segunda-feira, 19 de abril de 2010

Parte 1

“Entrei e pedi um café. Curto. Rotina diária para quem acorda cedo. Tu pediste uma torrada e um galão. Sentamo-nos perto um do outro. Olhas-me de relance. Cruzam-se olhares envergonhados e momentos de indecisão. Criam-se laços visuais. Daqueles que tudo o resto não altera. Senti-me presa. Cativaste-me com o teu estranho corar. Entre risos miúdos, revejo aquilo que já senti. Em nada semelhante a situações passadas. Transportas-me para um mundo só meu, no qual eu consigo sonhar acordada, esquecendo tudo o que me rodeia. Todas as outras coisas acabam por ser indiferentes. Esqueço todos os problemas e fixo apenas aquilo ao que nunca tinha dado a devida atenção. Quanto tempo fico? O tempo que me deixares.
Acordo e belisco-me. Tocas-me na mão e perguntas se está tudo bem. Na verdade, agora, tudo bate certo e tudo parece equilibrado. Um pequeno momento faz toda a diferença.”

Teresa*

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