segunda-feira, 26 de abril de 2010

apenas mais uma tarde :)

-Err
-O tempo está a passar devagar?
-Sim
-A hora de te ver nunca mais chega
- :P

A day about a girl & a boy

Interiormente, tinha-te pedido para me escreveres o teu nome no meu braço. Desnecessariamente indesculpável. Não havia, nunca houve, nem nunca há-de de haver nada a fazer. É uma vergonha. Foi uma vergonha. Porque vendi a minha atenção. Vendi a minha pequena sanidade mental e réstia de esperança. Vendi para quê? Talvez esta similaridade a paixão tenha vindo do vazio. Aquele vazio que soubeste perfeitamente preencher. Aquele vazio, with someone else's shape. Vendi a minha cabeça num prato. Só faltou o tempero. Mas graças a Deus que não chegou a tal. (que tê-lo-ia mesmo feito..) Teria oferecido a pouca humanidade que sobra em mim.
Agora fiquei novamente sozinho..em todo este espaço e tempo. Ilimitado. (Porque raio escrevo eu nos meus braços e nas minhas mãos se não me ocorre outra coisa na cabeça?) Talvez esteja a querer injectar, incondicionalmente, ainda mais veneno na minha mente. Como se já não fosse suficiente..
Idiota. A palavra adequada para me caracterizar. Para caracterizar as minhas acções pelo dia 24. Como sempre, errei. Dei um passo que não devia. Ou acompanhei. Acho que fui um egoísta. Mas esta solidão já me esmagava de tal maneira, que cheguei ao ponto de me esquecer o significado de um entrelaçar de dedos. A união mental e física de duas pessoas. Como se a justificarem os sentimentos. Ou estarei a ser demasiado dramático e romântico? (para variar. pff..) Pode ser tudo explicado, de maneira subjectiva. Uma desculpa, um jogo, uma brincadeira. Depende da pessoa.
Realmente, tenho mesmo muita pena que as coisas tenham tomado este caminho e, principalmente, este ritmo. Mas por outro lado, estou feliz por ter oportunidade para voltar ao nada. Pode não haver mesmo nada á minha volta, mas esse nada é meu. E pode ser exactamente o que eu quiser. Pelo menos, alguma coisa tenho. Fiquei também com memórias frescas de uma saída á noite, um passeio matinal, uma tarde a jogar ao polícia e ladrão e metade de uma noite em que senti estar colado a alguém. Memórias de mais ou menos 24 horas. Para sair da minha estúpida normalidade de vida, as coisas improváveis, os "verdadeiros sonhos" só me duram esse período. Os pesadelos é que já são eternos. Maldita efemeridade dos sonhos. Disseram-me uma vez que o bem prevalece sobre o mal. A minha opinião: Não concordo. Acho até, que estão redondamente enganados.
Sentir que estava errado? Não. Mas sim, mais que certo.
Que isto acabe? Sim. Terminou aquilo que nunca começou.
Que importa? Não importa a ninguém.

(continua...)