sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Que caminho?

Posso pôr a culpa em ti?
Eu não consigo vencer.

Dois anos passados a pensar através duma das mentes mais solitárias.
Parece que não consigo encontrar uma boa desculpa desta vez, para mim e para este meu desmoronar.
Devo culpar-me a mim mesmo, ou á rotina no qual estive preso?
Perdi a conta da quantidade de vezes que tentei sair dessa rotina.
Mas ela envolveu-me de tal maneira.. É um vício.
Eu não consigo lidar com mais um dia do presente.
Eu não consigo vencer.

(Tirem-me daqui, ainda vivo.)

Oh Deus, estou a falar a sério.
Estes são dias de violência para ti e para mim.
Eu simplesmente não consigo lidar com mais um dia desta rotina.

Dois anos passados a pensar através duma das mentes mais solitárias.
Eu encontrei a minha desculpa desta vez.
As tuas palavras estão a desgastar-me a carne.
A constante dor nas minhas costas.

Segue a água.
Drena o lago todo e trá-lo a mim.
Talvez assim recupere o ser que já fui outrora.

Morte prematura?

Eu estive a divagar durante muito tempo,
os dias vão-se esvaindo rapidamente e eu nem dou por isso.
E não consigo dormir desde que deixei de me preocupar.
Escolhi, pela cor dos meus dedos amarelos,
Ficar cá fora, até meus pulmões sangrarem.
"Já não consigo distinguir a merda da luz do sol das luzes dos postes durante a noite."
Enquanto Ela lança a sua sombra..

"Eu já vi este caminho mais de mil vezes"... e não posso olhar para trás.
E não estou a olhar para trás.

"Isto é tão estranho, a Morte não é amiga de ninguém."
E eu vou ficar aqui até poder ouvi-La a rugir.
Ela só grita o meu nome.
E eu recuso-me a ouvi-La.

"Não posso ficar aqui para sempre, caralho.
Observa-me ressuscitar, Vaca.
Observa-me a subir, Puta.
Sempre seria mais fácil deixar-me cair sobre os Teus pés."
No entanto, vou ficar cá fora até meus pulmões sangrarem.
A eternidade é uma opção fácil e aliciante, mas eu não vou considerá-la.
Não vou mesmo aceitar.
"Não!"

"Só por causa das escolhas que fiz no início,
levei-me a uma morte prematura?"

Ela está a gritar,
Ela está a gritar,
Ela continua a gritar a merda do meu nome.

Enterrado vivo

Eu rodopio e viro.
No espaço mais escuro.
Não encontro o meu valor.
Com uma dor dormente.
Um céu de vidro.
Com um sorriso de dentes pretos.
Este sorriso de whiskey.
Leva-me novamente..
Estou com frio e com tanto medo.
Que eu seja muito fraco e eu não consiga mudar.
Eu fui enterrado vivo e,
não quero mais ficar aqui.
Estendi-me milhares de vezes para uma mão para me puxar para baixo.
Eu fui enterrado vivo num mundo,
de tristeza constante.
Só penso no chegar da noite de hoje e libertar-me...
Salve amanhã.
Outro tiro.
Um deslizamento na minha própria neblina.
Outra noite.
Embebido na minha desgraça.
Um brinde à mentira.
Eu levanto o copo e e dou graças,
a uma vida perdida.
O que eu me tornei?
Deixe-ma respirar de novo.
Mostre-ma onde eu começo outra vez.
Para encontrar a vontade de mudar,
antes de perder tudo
Chega a noite de hoje e liberto-me.
E eu vou a seguir-te.