sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Ma philosophie de vie


"Só temos consciência do belo,
Quando conhecemos o feio.
Só temos consciência do bom,
Quando conhecemos o mau.
Porquanto o Ser e o Existir,
Se engendram mutuamente.
O fácil e o difícil se completam.
O grande e o pequeno são complementares.
O alto e o baixo formam um todo.
O som e o silencio formam a harmonia.
O passado e o futuro geram o tempo.
Eis porque o sábio age.
Pelo não-agir.
E ensina sem falar.
Aceita tudo o que lhe acontece.
Produz tudo e não fica com nada.
O sábio tudo realiza - e não se apega a sua obra.
Não se prende aos frutos de sua atividade.
Termina a sua obra,
E esta sempre no princípio.
E por isto a sua obra prospera."

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Excepcional / verdadeiro


Todos nós somos bons, não é? Mas nem todos podem ser excepcionais. Só aqueles que acreditam que podem ser e que lutam por isso.
Todos nós passamos maus bocados. E avaliar uma pessoa forte espiritualmente é ver com que rapidez se levanta e não pela quantidade de problemas do qual é alvo.
Resumindo, vou tentar parar com o "faz de conta", com o "andar com merdas". Porque, realmente, é isso que sinto que estou a fazer e que sou. Uma fraude. Um fraudulento humano que deambula sem rumo, em busca de rendição.
Já perdi a conta das vezes em que olho para o tecto e penso que errei. Errei a socializar com as pessoas, errei comigo mesmo. Foi muito tempo perdido... Demasiado até. Estive á espera de algo que nunca irá acontecer. Nem num futuro longínquo irá acontecer. Acabou. Portanto, a partir de agora irei apenas procurar o que é verdadeiro. Aquilo que sinto, vejo e toco. Aquilo que o meu corpo e a minha mente possam saborear. O prazer, o tempo ilimitado. Não é ataraxia. É um caminho.
É simplesmente, procurar o que é verdadeiro. Real. Sinto o que posso ver que é real e sinto-o. Se gostar, aceito-o de braços de abertos. Vou consumir o que achar correcto para mim. Para uma renovação espiritual correcta.
Uma filosofia adequada para um rapaz de 20 anos e meio, rebelde por natureza, conscientemente surdo e em inconformidade para com a sua vida. Como se não me amasse. O que não é correcto. Sou , então, o que muitos dizem hipersensível. Aprecio tudo, desde um céu fora do comum, uma passeio de pedra de calçada, entre outros. Observar pores e nasceres de sol. Um aventureiro matinal, tardio e nocturno. Inanimados e caminhos longos. Demasiado espiritual talvez. Um "azul". Uma alma artista demasiado grande, complicado e dramática para poder controlada por qualquer pessoa. Um excepcional. Um fora do comum. Não pensem que é bom, porque, como tudo na vida existe o seu lado inverso da moeda. E Deus sabe a que me refiro. Não é, nem nunca irá ser fácil contornar todos este pontos. Pelo menos, não tão facilmente.


Ricardo Fazenda
24.01.10
15:07pm